Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE NO BRASIL DE 2019 A 2023.

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução: O câncer de pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil e no Mundo. Os principais tipos são: o carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular, também conhecidos como não melanomas, estes são mais incidentes; e o câncer de pele melanoma, de menor incidência. Ambas as manifestações compõem importantes problemas de saúde pública, os melanomas por sua alta taxa de mortalidade, e os não melanomas por causar prejuízos estéticos significativos aos pacientes, além da maior exposição aos raios solares nos últimos anos.

Objetivo: Analisar os diferentes aspectos epidemiológicos das internações por neoplasias malignas da pele no Brasil, no período de 2019 a 2023.

Método: Realizou-se um estudo ecológico, descritivo, quantitativo, que utilizou dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), acessado em maio e junho de 2024. A população do estudo foi constituída pelo número de internações por região por "Neoplasias malignas da pele" e "Outras neoplasias malignas da pele" do período de Janeiro/2019 a Dezembro/2023. As variáveis utilizandas foram: sexo, cor/raça, faixa etária, número de óbitos e taxa de mortalidade. A partir da obtenção dos dados, esses foram inseridos e tabulados no programa Microsoft Office Excel para análise.

Resultados: Entre os 275.974 casos registrados no período avaliado, destaca-se a região Sudeste com 107.876 internações, seguida pela região Sul em 93.372 casos (Tab.1). Os anos de 2022 e 2023 foram os mais incidentes, com 59.703 e 65.052 internações respectivamente. Pacientes do sexo masculino (52,1%) foram os mais acometidos (Tab.2). Ademais, constatou-se que brancos (65,36%) e pardos (25,69%) são os mais predominantes (Tab.3). Em relação à faixa etária, maior em pacientes de 80 anos e mais (20,37%) (Tab.4). Identificou-se a região Sudeste com 47,1% dos óbitos, seguida pela região Sul com 27,4% (Tab.5). Apesar da região Norte apresentar 4,9% dos casos de óbitos, é a região que possui a maior taxa de mortalidade (5,32), seguida pela região Sudeste (2,44)(Tab.5).

Conclusões: O Brasil apresenta significativa quantidade de casos de neoplasias malignas da pele ao longo dos anos estudados, com ápice em 2023. Torna-se evidente a região Sudeste com o maior número de internações, óbitos e a segunda maior taxa de mortalidade comparado às demais regiões. Observa-se que a doença atingiu predominantemente pacientes de idade igual ou superior à 80 anos, com destaque à populaçao branca e do sexo masculino. Como limitação do estudo, o DATASUS não permite a diferenciação das neoplasias em melanoma e não melanoma. Portanto, conclui-se que são necessárias estratégias de promoção e prevenção em saúde voltadas à população e aos profissionais da saúde sobre câncer de pele, além do rastreio precoce nas populações e regiões evidenciadas.

Palavras Chave

Neoplasias Cutâneas; Epidemiologia; Câncer de pele; Neoplasia Maligna

Área

Carcinomas de pele

Instituições

Universidade Nove de Julho - São Paulo - Brasil

Autores

PEDRO ANTONIO ALVES BEZERRA BORTOLAZZO, NICOLLE MALUTA ALVES , DIEGO FERNANDES BOLDRIN, CECILIA MARIA VIEIRA RANIERI, BÁRBARA PERRONI, JEFERSON JOSE DA SILVA, GIOVANNA MORAES DURÃES, TALES DEIVID VILARINHO DA SILVA, CARLOS EDUARDO BRIZOLLA THEODORO, DAVI LUCENA DE ARAUJO