Dados do Trabalho


Título

Epidemiologia do Carcinoma de Células de Merkel na População Brasileira ao longo de quinze anos

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução: O Carcinoma de Células de Merkel é uma neoplasia neuroendócrina cutânea rara e agressiva, em que manifesta-se como nódulos firmes de rápido crescimento. Na histologia é caracterizado por células densamente compactadas, pouco citoplasma, numerosas mitoses e regiões necróticas centrais, sendo a imunopositividade para CK20 crucial para sua identificação. No Brasil, a escassez de dados epidemiológicos específicos sobre a incidência e distribuição geográfica do CCM limita a compreensão desse carcinoma, dificultando a implementação de estratégias eficazes de prevenção e tratamento. O estudo mapeou a distribuição geográfica e temporal dos casos de CCM e identificou fatores de risco associados, proporcionando insights para a comunidade científica. Objetivo: Este estudo descritivo visa analisar a incidência do Carcinoma de Células de Merkel na população brasileira ao longo de quinze anos. O foco se dá em variáveis demográficas, clínicas e socioeconômicas. A análise estatística avaliará tendências temporais, mapeará distribuições geográficas e identificará fatores de risco associados. Método: Este estudo observacional descritivo analisa a incidência do carcinoma de células de Merkel na população brasileira entre 2005 e 2020. Utilizando dados do Instituto Nacional de Câncer, Sistema de Informação de Mortalidade, Sistema de Informação de Agravos de Notificação e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a pesquisa foca em variáveis demográficas, clínicas e socioeconômicas. A análise estatística visa visualizar as taxas de incidência, avaliar tendências temporais, mapear distribuições geográficas e identificar fatores de risco associados. Resultados: Foram analisados 342 casos de carcinoma de células de Merkel registrados na base de dados do INCA. Destes, 50,3% eram do sexo masculino e 49,7% do sexo feminino. A idade média dos pacientes foi de 72 anos, variando de 15 a 85 anos. Quanto à cor da pele, 75% dos pacientes eram caucasianos, 21% pardos e 4% distribuídos entre negros, amarelos e indígenas. As lesões localizavam-se principalmente nos membros inferiores e quadril (18,7%), tronco (18,1%), membros superiores e ombros (17,5%) e face (16,4%). Dos 67 casos classificados quanto à extensão, 50,7% eram metastáticos e 49,3% in situ. A maioria dos casos foi registrada entre 2010 e 2015, sugerindo um aumento na incidência nesse período. Conclusões: A análise de quinze anos do CCM no Brasil revela uma incidência significativa entre idosos, com idade média de 72 anos, e uma distribuição equitativa entre sexos. A maioria dos pacientes é caucasiano, com lesões frequentemente nos membros inferiores, tronco e face. A alta taxa de casos metastáticos (50,7%) destaca a agressividade do CCM. O aumento da incidência entre 2010 e 2015 pode refletir melhores detecções ou mudanças nos fatores de risco. Este estudo fornece uma base para futuras pesquisas.

Palavras Chave

Epidemiologia; Neoplasias Cutâneas; Câncer de pele não melanoma;

Área

Carcinomas de pele

Instituições

Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná - Paraná - Brasil, Hospital Universitário Evangélico Mackenzie - Paraná - Brasil

Autores

MANOELLA SCHVEITZER CARDOSO, MARIA VITÓRIA DE SOUZA AZEVEDO, PAULO HENRIQUE NOCETE, IRLENA MONICA WISNIEWSKA DE MOURA