Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DO TRATAMENTO CONVENCIONAL DO CARCINOMA ESPINOCELULAR METASTÁTICO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM CURITIBA E SUA COMPARAÇÃO COM TERAPIAS INOVADORAS COM IMUNOTERAPICOS

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

INTRODUÇÃO
O carcinoma espinocelular (CEC), segundo câncer de pele mais comum, é predominante em homens e idosos. Possui bom prognóstico com intervenção cirúrgica e/ou radioterapia, porém em casos metastáticos tem pior prognóstico quando tratados convencionalmente. Atualmente uma opção promissora para esses casos é a imunoterapia com Cemiplimab, um anticorpo monoclonal humano (IgG4) que bloqueia a interação do receptor de morte celular programada (PD-1) com seus ligantes PD-L1 e PD-L2, potencializando as respostas das células T, incluindo seus efeitos antitumorais.

OBJETIVO
Demonstrar a eficácia do tratamento do CEC com Cemiplimab em comparação com terapias atuais.

CASUÍSTICA
Estudo retrospectivo de 18 casos de CEC metastático do período de 2019 a 2024 em um Hospital de referência oncológica de Curitiba.

MÉTODO
Foram analisados 18 pacientes diagnosticados com CEC metastático linfonodal, entre 49 a 89 anos, com enfoque nas datas de diagnósticos das lesões e metástases, período de RT e seguimento clínico. Além disso, foram coletados artigos de relevância para a temática, incluindo estudos retrospectivos, revisões e estudos experimentais do período de 2016 a 2023.

RESULTADOS
A ressecção cirúrgica é o tratamento padrão para câncer de pele não melanoma nos estágios I e II, podendo ser associada à radioterapia. No entanto, nos casos de CEC localmente avançados e metastáticos (estágios III e IV), outras opções devem ser consideradas. A quimioterapia (QT), embora utilizada em casos específicos, possui eficácia limitada, enquanto a imunoterapia com inibidores do PD-1 apresenta melhores resultados. Analisando 18 casos do serviço, tratados cirurgicamente com ou sem radioterapia adjuvante, observou-se uma prevalência de 78% em homens e de 56% em pacientes com 80 anos ou mais. A evolução da lesão carcinogênica para metástase linfonodal variou de 1 a 20 meses, e do diagnóstico da metástase até o óbito de 1 mês até 2 anos e 7 meses, destacando a necessidade de monitoramento contínuo e intervenção rápida. A sobrevida com cirurgia e RT foi mínima: dos 11 pacientes tratados com RT e 1 com QT, aproximadamente 83% evoluíram para óbito, enquanto 17% continuam sob acompanhamento. Em contraste, segundo estudo de Kuzmanovszki et al, a imunoterapia com Cemiplimab mostrou maior eficácia no desfecho final, 76% dos pacientes analisados tiveram controle total da doença e 24% apresentaram progressão da doença. Logo, esses achados sublinham a importância de considerar a imunoterapia, visando melhorar os desfechos nos estágios avançados do CEC.

CONCLUSÃO
Pacientes com CEC localmente avançado ou estádio III têm resultados desfavoráveis quando tratados com cirurgia com ou sem radioterapia adjuvante, em comparação com estudos recentes, que mostram que os pacientes se favorecem acentuadamente de terapias imunoterápicas.

PALAVRAS CHAVE: Carcinoma espinocelular (CEC); Cemiplimab; Radioterapia; Imunoterapia;

Palavras Chave

carcinoma espinocelular; cemiplimab; radioterapia; imunoterapia;

Área

Carcinomas de pele

Instituições

Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil

Autores

MARIA EDUARDA MENDES HIBARINO, DIEGO AKYO HOSHINA DOS SANTOS, GIOVANNA BRAZ JUNKES, HANDER KELLER MADUREIRA RABELO