Dados do Trabalho


Título

Perfil Epidemiológico da Mortalidade por Melanoma Maligno de Pele nas Regiões Brasileiras: 2010-2022

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução: O melanoma maligno da pele é uma neoplasia que se desenvolve a partir dos melanócitos, células situadas na camada basal da epiderme e responsáveis pela produção de melanina, pigmento que dá cor à pele. No Brasil, o câncer de pele é o mais prevalente, sendo o melanoma maligno a forma mais agressiva, caracterizada por um alto potencial metastático, conforme a espessura de Breslow do tumor primário.
O melanoma maligno de pele é uma das formas mais agressivas de câncer de pele, com alta mortalidade. No entanto, há uma carência de estudos detalhados sobre o perfil epidemiológico dessa mortalidade no Brasil durante a última década.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da mortalidade por melanoma maligno de pele nas regiões brasileiras, de 2010 a 2022.

Material e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo, descritivo e retrospectivo sobre mortalidade por melanoma maligno de pele, realizado com dados extraídos do Sistema de Informações de Câncer (SISCAN), de 2010 a 2022. As variáveis incluíram sexo e faixa etária, estratificadas por região brasileira. Os dados foram importados para o Microsoft Excel, onde foram tabulados.
RESULTADOS: Segundo o INCA, entre 2010 e 2022, 22.545 pessoas morreram por melanoma maligno da pele no Brasil. Na última década, no Brasil, houve uma tendência crescente nas mortes por melanoma, com um pico em 2019 (1978); após esse período os números continuaram elevados, com algumas regiões brasileiras apresentando o seu pico de mortalidade pela neoplasia após o nacional. No Centro-Oeste, a mortalidade variou de 0,1% a 0,13% dos óbitos totais, no Nordeste de 0,06% a 0,09%, no Norte de 0,04% a 0,06%, e no Sudeste de 0,12% a 0,14%. A região Sul apresentou os maiores índices, variando de 0,26% a 0,32%, com destaque para o Rio Grande do Sul (3.360 mortes), Paraná (2.345) e Santa Catarina (1.849). A região Norte, com 632 mortes, teve a menor incidência de mortalidade por melanoma. A mortalidade aumenta significativamente com a idade, especialmente após os 60 anos, com 4.840 mortes na faixa de 60 a 69 anos e 4.978 mortes na faixa de 80 anos ou mais. Em 2022, a mortalidade por melanoma maligno foi de 0,13% entre homens e 0,12% entre mulheres, o que coincide com a média de todos os anos analisados, possivelmente devido aos hábitos de cuidados diários femininos, como a aplicação de filtro solar, serem mais presentes entre as mulheres.

conclusão: Este estudo apontou a necessidade de estratégias regionais específicas para prevenção e tratamento do melanoma, considerando as particularidades sociodemográficas e ambientais. A limitação inerente dos estudos ecológicos, que impede relações causais diretas, destaca a necessidade de pesquisas futuras mais robustas para entender melhor os determinantes da mortalidade por melanoma no Brasil.

Palavras Chave

Melanoma; Óbitos; Câncer de pele; Análise demográfica; Epidemiologia

Área

⁠Melanoma

Instituições

Faculdade de Medicina de Jundiaí - São Paulo - Brasil, Universidade Santo Amaro - São Paulo - Brasil

Autores

ANA CAROLINA PUTINI VIEIRA, ANA CAROLINA PUTINI VIEIRA, Karine Mayra Braz Santana Pinto, Karine Mayra Braz Santana Pinto, Camilla Roberta de Melo Lobo Bessa, Camilla Roberta de Melo Lobo Bessa, João Guilherme De Oliveira Xavier, João Guilherme De Oliveira Xavier, Isabella Craveiro Gonçalves Ferreira da Silva, Isabella Craveiro Gonçalves Ferreira da Silva, Maria Isabel Rocha de Menezes, Maria Isabel Rocha de Menezes, Lunara GABRIELE FERNANDES BARBOSA, Lunara GABRIELE FERNANDES BARBOSA, Avner de Godoy Caldeira, Avner de Godoy Caldeira, LETICIA HANNA MOURA DA Silva Gattas Graciolli , LETICIA HANNA MOURA DA Silva Gattas Graciolli , GIULIA MARIA DOS SANTOS GOEDERT , GIULIA MARIA DOS SANTOS GOEDERT