Dados do Trabalho


Título

Avaliação do uso de matriz de regeneração dérmica na reconstrução após ressecção de carcinoma de pele. Série de casos.

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

O câncer de pele é a neoplasia mais frequente no mundo e no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres, compondo mais de 31% dos casos de tumores malignos na população brasileira. A doença é classificada em não melanoma e melanoma, apresentando uma estimativa de aproximadamente 220,4 mil e 9 mil novos casos, respectivamente, para cada ano do triênio 2023-2025. Os principais subtipos são o carcinoma basocelular (CBC) e o Carcinoma espinocelular (CEC), correspondendo a incidências próximas de 80% e 20% dos casos, respectivamente. O melanoma cutâneo corresponde a neoplasia maligna dos melanócitos, sendo o terceiro tipo mais comum de câncer de pele. As neoplasias de pele são preferencialmente de tratamento cirúrgico, e dependendo a extensão e profundidade da lesão, ser necessário a reconstrução com retalhos, enxertos ou a aplicação de matriz dérmicas acelulares.
Objetivo: descrever três casos de pacientes portadores de neoplasias de pele tratados cirurgicamente e submetidos a reconstrução local da ferida operatória com matriz de regeneração dérmica acelular Nevelia.A matriz de regeneração dérmica acelular é composta de uma camada interna de colágeno tipo I, bovino, biocompatível e uma camada externa de silicone que impermeabilizada a ferida operatório protegendo de danos e infecções bacterianas. Foram utilizadas inicialmente para os pacientes grandes queimados, mas posteriormente começaram a serem aplicadas em pacientes vítimas de politraumatismo com perdas de substâncias como também na reconstrução após ressecções extensas da pele para o tratamento do câncer de pele.
Quando a matriz é colocada no local da ressecção do tumor de pele, sas células hospedeiras são incorporadas na matriz e dirigidas por fatores de crescimento e outras citocinas pró-inflamatórias. Diferentes células ocupam a matriz dérmica, incluindo fibroblastos, miofibroblastos, linfócitos, macrófagos, granulócitos e mastócitos. Após a infiltração de células inflamatórias, a matriz sofre remodelação e os níveis de colágeno e elastina aumentam e a revascularização é iniciada. A linfangiogênese é mais lenta. Neste contexto de cicatrização a matriz promove o crescimento do tecido hospedeiro em sua base.
No tratamento de neoplasias de pele, nas extremidades, o uso de enxerto pode resultar em áreas de maior contratura cicatricial e limitação de movimentos articulares. Diferentes estudos demonstram que e a matriz de regeneração dérmica é um boa opção na reconstrução após ressecções em membros inferiores e superiores, promovendo boa cicatrização e mínima contratura em relação aos enxertos de espessura total ou parcial. Este resultado de menor retração cicatricial da matriz é atribuído a sua maior capacidade de manter a elasticidade e resistência a tração local, enquanto promove a vascularização e prevenção de infeções. Enxertos de pele também podem promover dor cronica e cicatrizes hipocrómicas nos leitos de doação da enxertia.

Palavras Chave

Carcinoma de pele; MATRIZ DE REGENERAÇÃO DERMICA; cirurgia

Área

Carcinomas de pele

Instituições

FEMPAR - Paraná - Brasil

Autores

EURICO CLETO RIBEIRO DE CAMPOS, PAMELLA MEDEIROS BAGATIN, NATALIA FAGUNDES DE OLIVEIRA, MARIA CLARA DORNELLES PESERICO FLORES, LAURA BRITO ARAUJO, PAULO ROBERTO COSTA