Dados do Trabalho


Título

Tratamento para melanoma maligno da pele: o perfil epidemiológico entre 2019 e 2024 no Brasil

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução: O melanoma é um câncer agressivo dos melanócitos, caracterizado por marcas escuras com bordas irregulares. Devido à rápida metastatização, é a causa de 80% das mortes, ainda que represente 10% dos cânceres de pele. Com isso, o diagnóstico precoce destaca a importância de estudos epidemiológicos sobre os padrões e fatores de risco do melanoma. Objetivo: Analisar o perfil do tratamento para melanoma maligno da pele entre os anos 2019 e 2024 no Brasil. Casuística: Não há. Método: Trata-se de uma pesquisa ecológica com abordagem quantitativa e descritiva com a utilização de dados registrados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no período de 2019 a 2024. Disponibilizados no Painel-Oncologia, os dados de diagnóstico detalhado (C43 - Melanoma maligno da pele) foram analisados em associação aos fatores tempo de tratamento (detalhado), região de tratamento, modalidade terapêutica, faixa etária e sexo. Resultados: Na análise das cinco regiões do país, foi possível verificar o declínio dos casos entre 2019 a 2024, inclusive daqueles em que a localidade foi ignorada, com expressividade de redução em 94,6% na região Norte. Ao considerar os números absolutos, o Sul demonstrou uma diferença de 1.068 casos entre os cinco anos considerados, resultando na atenuação em 84,1% da prevalência. Comparando-se a faixa etária, observou-se a maior incidência entre pessoas de 60 a 64 anos em 2019, um cenário que vem se alterando em 2024, com vistas à predominância, até então, entre 65 a 69 anos. De modo geral, a redução, em números absolutos, menos expressiva foi entre 20 a 24 anos. Quando se trata do sexo, a maior incidência ocorreu entre as mulheres, com uma discreta, porém notável, discrepância entre os anos analisados. Se tratando da modalidade terapêutica, em números absolutos, a cirurgia foi indicada majoritariamente no período, seguida pela redução de 98% dos casos com quimioterapia e 97% com radioterapia, no qual a ocorrência de ambos não é considerável. Já ao relacionar o tempo de tratamento, notou-se que, em números absolutos, a maior quantidade iniciava o tratamento imediatamente após o exame de diagnóstico, sendo que, se prolongasse, essa diferença durava até cerca de 121 a 300 dias. Conclusão: Em suma, a incidência de melanoma maligno da pele demonstrou uma significativa redução no período analisado. A predominância do tratamento cirúrgico sugere a predefinição de diagnósticos precoces, em que a diminuição de indicação para quimioterapia e radioterapia reflete em tratamentos mais eficazes. Tais resultados destacam a importância de políticas públicas voltadas para a prevenção e o diagnóstico precoce do melanoma, além de enfatizar a necessidade de adaptação contínua das estratégias de tratamento conforme as mudanças epidemiológicas.

Palavras Chave

Melanoma maligno; Pele; tratamento; Brasil

Área

⁠Melanoma

Instituições

Universidade Santo Amaro - São Paulo - Brasil

Autores

ANA CAROLINA PUTINI VIEIRA, LAYRA RAMOS LUGÃO, HELOÍSA DE SOUZA CAVALCANTE, CAROLINA VIANA CORREA COIMBRA DE SOUSA, RAQUEL ANGÉLICA BRIDI, ANNA RUTHE SANTOS JACOB, LETÍCIA HANNA MOURA DA SILVA GATTAS GRACIOLLI, PEDRO LUCAS BESSA DOS REIS, GIULIA MARIA DOS SANTOS GOEDERT