Dados do Trabalho
Título
Análise quantitativa e descritiva do Melanoma maligno da pele entre 2019 e 2023 em Santa Catarina através do DATASUS
Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)
INTRODUÇÃO:
O melanoma, um câncer de pele originado da proliferação desordenada dos melanócitos, é impulsionado por fatores genéticos e exposição aos raios ultravioleta (1). A incidência tem aumentado significativamente (2), afetando predominantemente homens brancos, com prevalência crescente com a idade (3). Em Santa Catarina, onde 76,3% da população é branca (4), a relevância do melanoma é acentuada. Devido à sua agressividade, o diagnóstico precoce e as estratégias de prevenção são cruciais para melhorar o prognóstico e a sobrevida dos pacientes, de modo a mitigar o impacto social e econômico da doença.
OBJETIVOS:
Analisar, através de dados históricos, o crescimento dos casos de pacientes com melanoma maligno da pele no estado de Santa Catarina entre 2019 e 2023.
METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo, descritivo e retrospectivo sobre diagnósticos de melanoma cutâneo, utilizando dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) de 2019 a 2023. As variáveis analisadas foram sexo, faixa etária e ano. Os dados foram importados para o Microsoft Excel, onde foram tabulados, e realizada a estatística descritiva.
RESULTADOS:
Entre 2019 e 2023, 181.335 casos de melanoma foram diagnosticados em Santa Catarina, Brasil, com 78.690 em homens e 102.645 em mulheres, desafiando a predominância masculina descrita na literatura (3). A incidência aumenta com a idade, sendo mais elevada nas faixas de 45-69 anos: 45-49 anos (13.281 casos), 50-54 anos (17.118 casos), 55-59 anos (21.587 casos), 60-64 anos (24.042 casos) e 65-69 anos (23.425 casos). Apesar da queda em 2020 (32.283 casos), os diagnósticos de melanoma na região Sul do Brasil cresceram até 2023 (42.073 casos), representando um aumento líquido de 8.225 casos. Estes dados enfatizam a complexidade da epidemiologia do melanoma e a importância contínua da vigilância e prevenção.
CONCLUSÃO:
Os dados deste estudo revelam o perfil epidemiológico do melanoma em Santa Catarina, com aumento da incidência relacionado à idade e à exposição solar acumulada (5)(6). Embora confirme o aumento geral da incidência, diverge ao identificar uma distribuição por sexo oposta à literatura predominante, destacando a necessidade de pesquisas adicionais sobre diferenças na progressão e agressividade do melanoma entre os sexos para orientar terapias personalizadas. A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para mitigar os riscos dessa neoplasia cutânea. A exposição solar continua a ser um fator crucial associado ao risco de melanoma, reforçando a importância da prevenção primária e do diagnóstico precoce. Este estudo sublinha a necessidade contínua de vigilância epidemiológica e de programas educacionais eficazes em saúde pública. Em suma, os resultados destacam a complexidade da epidemiologia do melanoma e ressaltam a urgência de medidas preventivas e estratégias de detecção precoce para reduzir os impactos dessa doença na saúde da população.
Palavras Chave
Melanoma cutâneo; Epidemiologia; Incidência; Prevenção primária; Exposição solar
Área
Melanoma
Instituições
Universidade Santo Amaro - São Paulo - Brasil
Autores
ANA CAROLINA PUTINI VIEIRA, Pietra Stella Cardoso Goedert, Julia Isume, Poliana Zanotto Manoel, Agnes Zanotto Manoel, Mariana Moz Trigo, Laura Rocha Rocumback, LETICIA HANNA MOURA DA SILVA GATTAS GRACIOLLI, GIULIA MARIA DOS SANTOS GOEDERT