Dados do Trabalho


Título

MELANOMA ESTÁGIO IV COM REMISSÃO APÓS USO DE DABRAFENIBE E TRAMETINIBE: RELATO DE CASO

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

INTRODUÇÃO:
Anteriormente a era de inibidores de BRAF/MEK e a imunoterapia, a sobrevida em pacientes com melanoma metastático após 5 anos era de cerca de 6%; tal cenário mudou com a introdução dessas medicações.
Cerca de 60% dos pacientes possuem mutação BRAF e, segundo as recomendações do Grupo Brasileiro de Melanoma, as alternativas de tratamento adjuvante para paciente com doença metastática são inibidores de BRAF/MEK ou imunoterapia (anti-CTLA-4 e anti-PD-1).
OBJETIVO:
Relato de caso com boa resposta de melanoma com metástase dérmica, pulmonar e óssea ao Dabrafenibe e Trametinibe.
CASUÍSTICA:
Não se aplica.
MÉTODO:
Relato de caso.
RESULTADOS:
Paciente masculino, 72 anos, encaminhado há 4 anos devido biopsia excisional compatível com melanoma com disseminação superficial, Breslow 4,3mm, sem ulceração em braço direito. Posteriormente, realizada ampliação de margens e pesquisa de linfonodo sentinela em axila direita, este sem capitação. Tomografia computadorizada de crânio, tórax e abdome sem achados dignos de nota.
Há 2 anos, evidenciada linfonodomegalia de 5cm em maior diâmetro em axila direita em exame físico; o PET-CT demonstrou linfonodo em axila direita com metabolismo aumentado, consistente com implante secundário de melanoma. Então, foi executada esvaziamento axilar, que constatou melanoma metastático BRAF mutado. Adicionalmente, realizou radioterapia adjuvante.
Há 1 ano apresentou quadro de fratura patológica de fêmur direito devido queda da própria altura, demandando cirurgia ortopédica.
Há 11 meses, evidenciados 3 nódulos subcutâneos (1 em flanco direito, 1 em flanco esquerdo e 1 em braço direito), de consistência endurada e sem mobilidade. Solicitado PET-CT, que evidenciou metástase subcutânea nas topografias descritas, além de nádega direita; metástase ósseas e pulmonar. Há 8 meses, nódulos subcutâneos aumentaram em número, apresentando novas lesões em tórax e abdome. Paciente encaminhado para a oncologia clínica, que iniciou com Dacarbazina até haver disponibilização de inibidor de BRAF/MEK. Há 6 meses liberado Dabrafenibe e Trametinibe. Após 2 meses do uso de medicação, lesões subcutâneas desapareceram completamente ao exame físico; após 3 meses realizada cintilografia óssea que não evidenciou lesões metastáticas.
CONCLUSÕES:
A pesquisa de mutação BRAF em todos os pacientes com doença metastática é mandatória a fim de auxiliar nas opções de tratamento sistêmico. No caso do paciente com mutação BRAF, existe a opção de associação inibidor de BRAF/MEK ou uso de imunoterapia (inibidor de PD-1 e de CTLA-4).
A associação de inibidor de BRAF e inibidor de MEK é superior ao inibidor de BRAF em monoterapia. A terapia combinada tem taxa de resposta completa ou parcial de 76%, em comparação a 54% da monoterapia de inibidor de BRAF.
A associação de Dabrafenibe e Trametinibe tem taxa de sobrevida livre de progressão de cinco anos de 19% e taxa de sobrevida global de 34% em pacientes com melanoma metastático mutante BRAF V600.
CONFLITO DE INTERESSE: Nenhum.

Área

Casos clínicos

Instituições

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Goiás - Brasil

Autores

AMANDA DOMINGOS CORDEIRO, ANA MARIA QUINTEIRO RIBEIRO