Dados do Trabalho
Título
PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DO MELANOMA MALIGNO DA REGIÃO CENTRO-OESTE
Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)
Introdução: O melanoma maligno acomete cerca de 3% da população brasileira, sendo considerado o tipo mais agressivo e com altas taxas de disseminação metastática, e por isso da importância do diagnóstico precoce. O melanoma maligno tem origem nas células produtoras da melanina, os melanócitos. O melanoma é mais frequente em adultos de pele clara, sendo sua apresentação clínica geralmente pela presença de um sinal na pele em tons acastanhados ou enegrecidos, que podem mudar de cor, formato ou tamanho, e que podem sangrar.
Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos casos de melanoma maligno no Brasil no período de 2013 a 2023.
Método: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e quantitativo realizado a partir de dados encontrados no Sistema de Informações de Câncer (SISCAN) do Ministério da Saúde referentes ao período de 2013 a 2023. Foram tabuladas as variáveis de casos por ano de diagnóstico de melanoma maligno, considerou-se as variáveis faixa etária, idade e sexo, a fim de buscar correlações epidemiológicas. Por fim, a análise dos dados foi realizada no Microsoft Excel.
Resultados: No período entre janeiro de 2013 e dezembro de 2023 foram registrados 259.671 casos de melanoma maligno na região centro-oeste do país, no qual o ano de 2023 se destacou com o maior número de casos, sendo registrados 39.986 na região. Destes casos, no período de 10 anos, 114.625 foram de indivíduos do sexo masculino, enquanto os outros 145.046 foram de indivíduos do sexo feminino. Constatou-se que em todas as faixas etárias houve registro de casos, sendo o maior número de casos neste período de pessoas de faixa etária de 60-64 anos (33.183 casos), seguida de 65-69 anos (31.134 casos). Ademais, observa-se um grande aumento no número de casos na região a partir do ano de 2019, com uma leve queda em 2020, e posterior aumento até o ano de 2023, sendo o ano recorde em casos no período.
Conclusões: Em suma, a análise do melanoma maligno no Brasil entre 2013 e 2023 revela um preocupante aumento na região Centro-Oeste, destacando 2023 como o ano com o maior número de casos registrados, especialmente entre mulheres e na faixa etária de 60-64 anos. Esta realidade reforça a necessidade urgente de políticas públicas voltadas para a conscientização sobre os riscos da radiação UV e a importância do diagnóstico precoce. A variação observada em 2020, seguida de um aumento subsequente, pode ser atribuída aos impactos da pandemia de COVID-19, evidenciando a importância de medidas para mitigar esses efeitos, incluindo a promoção de práticas de proteção solar e o acesso facilitado ao diagnóstico precoce da doença.
Palavras Chave
Melanoma; Epidemiologia; Centro-Oeste
Área
Melanoma
Instituições
Universidade Santo Amaro - São Paulo - Brasil
Autores
ANA CAROLINA PUTINI VIEIRA, LETICIA HANNA MOURA DA SILVA GATTAS GRACIOLLI, Mariane Zancanaro Gallina, Giulia Fernandes Moça Trevisani, Pedro Borges Barbosa Caputo Costa, Guilherme Castro Santos, Nyara de Pinho Caldeira Mourão, Rayana Teixeira Peixoto, Gabrielle DOS SANTOS ALMEIDA, GIULIA MARIA DOS SANTOS GOEDERT