Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE DO MELANOMA NO BRASIL DE 2013 A 2023

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução: O Melanoma é um câncer de pele maligno que, embora represente apenas 3% dos tumores cûtaneos, é responsável por 75% dos óbitos. Segundo estudos mundiais, sua incidência tem aumentado de forma contínua na população. Um dos principais fatores associados com o aumento de casos é a exposição contínua a raios ultravioleta, principalmente quando resulta em queimaduras e bolhas. Outros fatores de risco incluem pele clara, presença de nevos displásicos, imunossupressão e histórico familiar de melanoma. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para a diminuição das taxas de mortalidade do melanoma. Por estes motivos, compreender mais sobre a epidemiologia do melanoma no Brasil é de extrema importância, contribuindo para o aperfeiçoamento das estratégias de prevenção visando os grupos mais afetados. Objetivos: Identificar o perfil epidemiológico dos casos e da mortalidade do Melanoma no Brasil, de 2013 a 2023. Casuística e Método: Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo, avaliando dados epidemiológicos do Melanoma no Brasil, de 2013 a 2023. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), Painel - Oncologia e Instituto Nacional de Câncer (INCA) disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis utilizadas foram faixa etária, ano de diagnóstico, sexo e raça. A população do estudo foi delimitada por pacientes com diagnóstico de Melanoma Maligno de Pele (CID C43), do sexo feminino e masculino, em todas as faixas etárias. Resultados: De 2013 a 2023 foram diagnosticados 38.197 casos de Melanoma Maligno de Pele no Brasil. O pico de casos ocorreu em 2023, com 6210 diagnósticos. A faixa etária com maior incidência foi dos 60 a 69 anos, representando 25% dos casos. Em contrapartida, a faixa etária de 20 a 24 anos foi a com menor incidência, com 0,98% dos casos. A incidência relacionada ao sexo se mostrou semelhante, com apenas 223 casos a mais no sexo masculino, durante os 10 anos. O cume da taxa de mortalidade nos homens foi identificada entre 60 e 69 anos, já nas mulheres apenas com 80 anos ou mais. Em uma análise total, se estabeleceu uma maior taxa de mortalidade nos pacientes do sexo masculino, em relação ao sexo feminino. Com relação à raça, estudos mostram que o risco de neoplasias cûtaneas na pele negra é inferior quando comparado aos indivíduos de pele clara, devido à maior eficiência no mecanismo de reparo dos danos ao DNA causados pelos raios UV, sendo melanoma o subtipo com menor incidência. Conclusões: A incidência dos casos de melanoma continua progredindo, afetando principalmente homens e mulheres na faixa etária de 60 a 69 anos com pele clara, com maiores taxas de mortalidades evidênciadas no sexo masculino. Reforçando a necessidade de ampliação de políticas públicas sobre a prevenção e diagnóstico precoce do Melanoma, com enfoque principal na população adulta.

Palavras Chave

Melanoma; Neoplasia Cutânea; Epidemiologia clínica; Melanoma maligno

Área

⁠Melanoma

Instituições

Faculdade de Medicina de Jundiaí - São Paulo - Brasil

Autores

LUANA ZAMUDIO GOMES, FELIPE RODRIGUES BARBOSA SILVA