Dados do Trabalho
Título
Perfil Epidemiológico do Melanoma no Brasil: Análise de Casos Diagnosticados entre 2021 e 2023
Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)
Introdução: Melanoma é o câncer que afeta os melanócitos, responsáveis pela produção da melanina, e tem a exposição à radiação ultravioleta como principal fator de risco. Por ser considerado agressivo e de rápido desenvolvimento é um foco de atenção médica e científica. Embora o câncer de pele seja o tipo mais frequente no Brasil, representando cerca de 30% dos casos diagnosticados, o melanoma corresponde a aproximadamente 4% do total. Estudos recentes indicam que o melanoma maligno apresenta uma prevalência superior ao melanoma “in situ” com incidência maior na região Sudeste e variações significativas entre sexos e faixas etárias.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico do diagnóstico de melanoma no Brasil a fim de identificar a população mais afetada por essa patologia.
Casuística: Não há.
Método: Foi realizado o levantamento dos dados de todas as unidades federativas, durante o período de 2021 a 2023. Essas informações foram obtidas no sistema Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), através do Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I) e da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade, bem como do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e do Sistema de Informações de Câncer (SISCAN). A análise dos resultados envolveu, ainda, a comparação de subjetividade individual como faixa etária e sexo.
Resultados: Entre 2021 e 2023, houve 531 diagnósticos de melanoma na faixa etária de 25 a 49 anos no Brasil, sendo 516 malignos e 15 "in situ". A maioria dos casos ocorreu na Região Sudeste (512), enquanto as Regiões Norte e Sul tiveram os menores números (5 e 3, respectivamente). A Região Centro-Oeste registrou 11 casos. A distribuição por sexo mostrou predominância de diagnósticos em mulheres (314) em comparação aos homens (217), exceto na Região Norte, onde os homens foram mais afetados. A faixa etária mais afetada foi de 45 a 49 anos (198 casos), seguida por 40 a 44 anos (139 casos). A análise sugere a necessidade de políticas públicas focadas em diagnóstico precoce e tratamento, especialmente para mulheres de 40 a 49 anos na Região Sudeste.
Conclusão: A análise do perfil epidemiológico do melanoma no Brasil entre 2021 e 2023 escancara a discrepância diagnóstica regional, destacando predominância de relatos na Região Sudeste. Essa desproporcionalidade sugere desequilíbrio no rastreio e demanda investigar e mitigar possíveis fatores socioeconômicos, culturais e de acesso à saúde que impactem a variação. Além disso, a maior incidência em mulheres de 40 a 49 anos na Região Sudeste sugere políticas públicas nacionais voltadas para a faixa etária e gênero, incluindo campanhas de conscientização sobre riscos do melanoma, prevenção e diagnóstico precoce. Tais medidas são essenciais para reduzir a morbimortalidade associada ao melanoma no Brasil, garantindo rastreio equitativo e conduta eficaz para todas as populações afetadas.
Palavras Chave
Melanoma; Neoplasias Cutâneas; Epidemiologia; Pele
Área
Melanoma
Instituições
Universidade Santo Amaro - São Paulo - Brasil
Autores
ANA CAROLINA PUTINI VIEIRA, ANANDA CAMPOS GRANAI, YASMIN DA SILVA MOURA, GABRIELE SANTOS MEDEIROS, THAIS OLIVEIRA DA SILVA, IARA SOUZA SANTOS, BRUNO CESAR DO NASCIMENTO SOUZA, BRUNA FERNANDES MANZAN, RAFAEL APARECIDO DE SOUZA