Dados do Trabalho


Título

DIAGNÓSTICO DE MELANOMA NO BRASIL ENTRE 2019 A 2024: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução: O melanoma é uma doença caracterizada pela formação de células malignas a partir da lesão aos melanócitos, que fisiologicamente são responsáveis pela produção de melanina, a qual determina a coloração da pele e protege contra os efeitos nocivos da radiação solar. Tais lesões desenvolvem-se pelo acúmulo de danos gerados pela exposição ao sol sem a devida proteção somado a outros fatores como pele, olhos e cabelos claros, albinismo, nevos, idade avançada, histórico de câncer de pele, entre outros. Embora seja responsável por apenas 5% dos cânceres de pele, o melanoma é o principal responsável pela mortalidade devido à neoplasia de pele, sendo fundamental o diagnóstico clínico precoce e o tratamento adequado para o aumento nas taxas de sobrevida de pacientes diagnosticados. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico do diagnóstico de Melanoma no Brasil entre o período de 2019 a 2024 para verificar a população com maior incidência dessa patologia. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo e retrospectivo, realizado a partir de dados coletados no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), a respeito dos casos de melanoma no Brasil entre o período de janeiro de 2019 a maio de 2024. As variáveis utilizadas foram: regiões brasileiras, cor e sexo. Em seguida, a análise estatística descritiva foi realizada no software Microsoft Excel. Resultados: De acordo com os dados coletados, no período de 2019 a 2024, verificou-se um total de 307.550 mil casos de melanoma no Brasil. Desse total, 39,04% ocorreram na Região Sudeste, 33,74% na região Sul, 18,34% na região Nordeste, 6,97% na região Centro-Oeste e 1,90% na Região Norte, revelando uma alta prevalência em certas regiões do Brasil em comparação com outras. Em relação à cor/raça, 65,50% dos diagnósticos ocorreram em indivíduos brancos, 26,19% em pardos, 1,44% em pretos, em 6,24% não havia essa informação e os demais 0,62% diz respeito a pessoas autodeclaradas indígenas ou amarelas. Quanto ao sexo, 52,13% dos casos de melanoma aconteceram na população masculina e 47,87% na feminina. Conclusão: O estudo demonstrou uma distribuição desigual dos casos de melanoma no Brasil, com maior incidência nas regiões Sudeste e Sul. Essa desigualdade também se reflete na cor/raça, predominantemente em indivíduos brancos e, uma ligeira prevalência em homens. Tais achados destacam a necessidade de políticas públicas direcionadas, que considerem as especificidades regionais e demográficas. Além disso, estratégias de prevenção e conscientização, bem como o acesso a diagnóstico e tratamento, devem ser reforçados nas áreas e populações mais afetadas, visando reduzir a incidência e a mortalidade associada ao melanoma no país.

Palavras Chave

Melanoma; Neoplasias Cutâneas; Pele; Epidemiologia

Área

⁠Melanoma

Instituições

Unimar - Universidade de Marília - São Paulo - Brasil

Autores

ANANDA CAMPOS GRANAI, JOÃO MORAES DOS SANTOS NEVES, ISABELA SILVA ERTHAL VIEIRA, DANIELY ALVES DALLA ZANA FRAZÃO, PEDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA CAVALCANTE, SÓLON BATISTA NUNES, GABRIELA SANCHES GUERATO, JAYNE FERREIRA ROCHA, ESTHER BEATRIZ LEÃO PEREIRA DOS SANTOS