Dados do Trabalho


Título

Análise epidemiológica da mortalidade por melanoma na região Sul do Brasil

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

INTRODUÇÃO: O melanoma cutâneo (MC) é uma neoplasia maligna de linhagem melanocítica e suas manifestações cutâneo-mucosas geralmente se apresentam como lesões hiperpigmentadas irregulares. O MC representa cerca de 4% dos tumores de pele. Embora não seja o mais comum, é considerado o mais grave por seu crescimento invasivo e disseminação precoce. A prevalência global do melanoma aumentou significativamente nos últimos anos e o fototipo baixo, presença quantitativa de nevos, história familiar de MC e exposição à luz ultravioleta são os principais fatores de risco relacionados à neoplasia. Segundo a literatura, a mortalidade por MC é mais prevalente em indivíduos de pele branca, acima de 60 anos e do sexo masculino. Quando diagnosticado precocemente, alcança índices de cura satisfatórios. A região Sul do Brasil apresenta as maiores taxas de mortalidade (TM) por melanoma, possivelmente relacionados à uma população majoritariamente de pele clara, o que justifica a realização de pesquisas epidemiológicas da região. OBJETIVOS: Avaliar a mortalidade por MC na região sul do Brasil, relacionando o perfil dos pacientes com o perfil da mortalidade por MC segundo a literatura e observar se a mortalidade da região Sul se diferencia das outras regiões brasileiras. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo e transversal com dados coletados do Atlas Online de Mortalidade do INCA, selecionando como objeto de pesquisa o CID C43 (melanoma maligno da pele), no período de 2012 a 2022. RESULTADOS: Os estados do Sul do Brasil apresentaram as maiores TM por melanoma (ajustadas por idade na população brasileira) quando comparados com os demais estados do Brasil. Os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná apresentaram, respectivamente, TM de 1,77, 1,69 e 1,34 por 100.000 habitantes entre os anos de 2012 e 2022. Durante todo o período estudado, a população masculina foi predominante em mortes e as TM dos estados do Sul foram superiores às do Brasil em ambos os sexos. O mesmo ocorreu com as faixas etárias: a região Sul apresentou TM maiores em todas as faixas etárias quando comparada com o Brasil. Além do mais, o aumento da mortalidade por melanoma acompanhou o aumento da faixa etária e a população com 80 anos ou mais, foi a que apresentou maior TM, conforme apresentado nos gráficos. CONCLUSÃO: A TM por melanoma na Região Sul foi ao encontro dos dados de mortalidade por melanoma na literatura, com maior prevalência na população branca, acima dos 60 anos e do sexo masculino. Entretanto, um fator de destaque é a mortalidade aumentada na região Sul, quando comparada com o restante do país. Como a população da região Sul é majoritariamente de cor autodeclarada branca, um notável fator de risco para MC, isso pode ser um fator contribuinte para as altas TM, justificando a necessidade de campanhas de conscientização sobre a importância do exame dermatológico para diagnóstico precoce da doença, visando diminuir essa taxa de mortalidade na região.

Palavras Chave

Melanoma; Mortalidade; Brasil; Região Sul

Área

⁠Melanoma

Instituições

Universidade Santo Amaro - São Paulo - Brasil

Autores

ISABELLA VIANA COIMBRA, RAYSSA CARVALHO DE ALMEIDA , STEPHANIE ZARLOTIM JORGE , JULIA CRISTINA SILVA SACRAMENTO , AMANDA MONTAGNER DOS SANTOS, HELIO AMANTE MIOT, DHANDARA MARIA MARQUES DA SILVA, FERNANDA SAORI KURAHASHI, LUÍSA RIBEIRO ROMITI, LÍVIA MADALENA SIMONETI SCHUINDT