Dados do Trabalho

Título

O USO COMBINADO DE IPILIMUMABE E DE NIVOLUMABE EM PACIENTES COM METÁSTASE CEREBRAL DE MELANOMA: REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução: O melanoma é um câncer de pele agressivo que pode se espalhar para o cérebro, causando metástase cerebral, a qual é difícil de tratar devido à complexidade do sistema nervoso central. Para melhorar o tratamento, usam-se inibidores de checkpoint imunológico como o nivolumabe e o ipilimumabe. O nivolumabe bloqueia o receptor PD-1 e o ipilimumabe bloqueia a proteína CTLA-4, ambos estimulando o sistema imunológico a atacar o câncer. A combinação desses medicamentos mostrou-se mais eficaz, aumentando as taxas de resposta e a sobrevida global dos pacientes, especialmente em casos de metástases cerebrais assintomáticas. Objetivos: Analisar o uso de ipilimumabe e de nivolumabe em pacientes com metástase cerebral de melanoma maligno de pele. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada através da base de dados PubMed. Foram usados os descritores “melanoma with brain metastasis”, “treatment”, “ipilimumabe” e “nivolumabe”, sendo considerados apenas os artigos completos em inglês e português, no período de 2014 a 2024. Resultados: A análise de sete estudos de metanálise sobre metástase cerebral de melanoma (MCM) revelou que a combinação de ipilimumabe e nivolumabe (IN) proporcionou resultados significativos. Pacientes tratados com IN alcançaram sobrevida maior, de 29,2 meses, em comparação com os 8,5 meses observados em outros grupos de tratamentos. Após sete anos de acompanhamento, a proporção de pacientes com sobrevida no grupo IN foi de 42,8%, enquanto as taxas para outros tratamentos, como ipilimumabe + fotemustina (10,3%) e Fotemustina (F) isolada (10%). Além disso, a análise da resposta tumoral em pacientes assintomáticos tratados com IN revelou uma taxa de resposta intracraniana de 46%, indicando uma resposta imune satisfatória contra o tumor. Embora a eficácia tenha sido menor em pacientes sintomáticos, os resultados sugerem que a combinação de ipilimumabe e nivolumabe representa uma perspectiva promissora para MCM, com aumento no tempo de sobrevida e menor incidência de efeitos colaterais neurológicos. Apesar dos tratamentos locais como cirurgia e radioterapia ainda serem considerados padrão, os inibidores de PD-1/PD-L1 apresentam um perfil de toxicidade menor, pois agem estimulando o organismo do paciente a combater o câncer. Conclusão: A combinação de ipilimumabe e nivolumabe representa um avanço no tratamento das metástases cerebrais de melanoma. Em pacientes assintomáticos, essa abordagem demonstrou uma resposta imune eficaz contra o tumor. Embora a eficácia tenha sido menor em pacientes sintomáticos, a combinação de ipilimumabe e nivolumabe destaca-se por ter um perfil seguro, com menor toxicidade e efeitos colaterais reduzidos.

Palavras Chave

metástase cerebral de melanoma; Ipilimumabe; Nivolumabe; tratamento combinado