Dados do Trabalho


Título

Considerações epidemiológicas sobre o melanoma em idosos nos anos de 2013 a 2023 no Brasil

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução
O melanoma é a 19° neoplasia mais frequente no mundo, sendo uma doença multifatorial que resulta da combinação de fatores genéticos e ambientais. Essa patologia está se tornando uma preocupação crescente para a saúde pública à medida que a proporção da população com 65 anos ou mais aumenta, e com isso, surge uma dificuldade diagnóstica devido ao surgimento de lesões benignas e malignas com a progressão da idade. O diagnóstico precoce é extremamente importante para o prognóstico da doença, pois quando diagnosticados em estágio avançado, as comorbidades associadas ao envelhecimento podem limitar a tolerância às opções de tratamento recomendadas, destacando o grande benefício potencial da detecção precoce do melanoma, especialmente em pacientes mais velhos.

Objetivo
Analisar os índices do melanoma maligno da pele entre idosos de 60 a 79 anos por um período de 10 anos no Brasil

Casuística
Não se aplica.

Método
Estudo transversal, descritivo, baseado em dados secundários do Painel de Monitoramento de Tratamento Oncológico (PAINEL - oncologia), sobre os casos de melanoma maligno da pele (CID 10 - C43) em idosos de 60 a 79 anos no Brasil. Os dados foram obtidos no período de 2013 - 2023, através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), pela ferramenta TABNET. As variáveis utilizadas foram número de casos e faixa etária. Excluiu-se outros tipos de carcinoma da pele e melanoma in situ. Para essa pesquisa não foi necessária a aprovação do comitê de ética.

Resultados
Para os anos de 2013 a 2023, foram notificados um total de 17.671 diagnósticos de melanoma maligno da pele em idosos na faixa etária de 60 a 79 anos no Brasil. Na avaliação, tem-se um crescimento da notificação em todas as faixas etárias, com 540 casos em 2013, 557 casos em 2014, 561 casos em 2015, 594 casos em 2016, 593 casos em 2017, e um aumento significativo para 1657 casos em 2018. Em 2019, houve o crescimento para 2650 casos notificados, com uma redução para 2322 casos em 2020. Posteriormente, este número aumentou para 2364 casos em 2021, e para 2800 casos em 2022. Entretanto, em 2023, este índice subiu para 3033 notificações. A análise corrobora para que tal tendência do aumento de casos permaneça nos próximos anos, uma vez que demonstra o aumento de casos notificados, com pouca variação da redução de valores.

Conclusões
Os resultados deste estudo evidenciam que houve variações da notificação de casos de melanoma maligno da pele ao longo dos anos analisados. Outrossim, o exame físico minucioso pode detectar precocemente o melanoma, e colaborar para redução da mortalidade, além de melhora na qualidade de vida dos pacientes. Portanto, o diagnóstico precoce de lesões primárias em pacientes idosos deve ser crítico e tão importante quanto o diagnóstico precoce em indivíduos mais jovens.

Palavras Chave

Melanoma; Envelhecimento; Idoso; Faixa etária

Área

⁠Melanoma

Instituições

Universidade Nove de Julho Osasco - São Paulo - Brasil

Autores

MIKELE ALVES ARAUJO, NATHÁLIA CARDOSO DOS SANTOS , YASMIM VITORIA CAMPOS FERREIRA