Dados do Trabalho
Título
Carcinoma de células escamosas em região inguinal: ressecção de tumor e retalho miocutâneo de músculo reto abdominal (VRAM)
Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS EM REGIÃO INGUINAL: RESSECÇÃO
DE TUMOR E RETALHO MIOCUTÂNEO DE MÚSCULO RETO ABDOMINAL
(VRAM)
Introdução
O carcinoma de células escamosas (CEC) é o segundo câncer de pele não melanoma mais comum, atrás apenas do carcinoma basocelular, representando 20% dos tumores de pele.
Tumores volumosos representam um grande desafio no tratamento, tanto pela complexidade da ressecção da lesão com margens oncológicas adequadas como na reconstrução adequada com preservação da anatomia e funcionalidade do órgão acometido.
Objetivos
O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente idoso com grande lesão ulcerovegetante de crescimento rápido em região inguinal, descrevendo o tratamento cirúrgico realizado, para fins de comparação com demais abordagens de lesões de pele semelhantes descritas na literatura.
Casuística
Paciente masculino, 88 anos, história prévia de hipertensão arterial sistêmica e de adenocarcinoma de reto baixo, apresentando lesão ulcerovegetante em região inguinal direita medindo 9,5 x 7,5 cm de diâmetro.
Método
Realizou-se acompanhamento do paciente, revisão de prontuário e de exames complementares para delineamento do caso, correlacionando o material com dados da literatura.
Resultado:
Realizado ressecção ampla da lesão com margens de 10mm em peça única junto a linfonodos inguinais ipsilaterais que estavam juntos ao tumor. O tratamento cirúrgico do caso resultou em grande perda de substância na região inguinal, ainda que sem exposição de estruturas nobres, mas não passível de fechamento primário. Optou-se por reconstrução no mesmo tempo cirúrgico com confecção de retalho miocutâneo de pedículo inferior do músculo reto abdominal contralateral e ilha de pele. Demarcou-se o segmento de pele sobre o músculo, desde flanco direito até o rebordo costal, com diérese por planos, secção do músculo
reto e preservação da artéria epigástrica inferior para manter a irrigação. A rotação do retalho permitiu a reparação da perda de substância cutânea da região inguinal em toda a sua extensão. A parede abdominal recebeu reforço de tela de polipropileno, sob a fáscia posterior do músculo reto abdominal.
Palavras-chave: Carcinoma espinocelular; retalho com reto abdominal; VRAM; retalho vertical
Conclusão
O relato de caso permitiu a demonstração do uso do retalho miocutâneo vertical do músculo reto abdominal de para reconstrução de defeito gerado com a abordagem cirúrgica de carcinoma de células escamosas cutâneo de alto risco e grandes dimensões e o desafio para reconstrução da região inguinal. Tumores avançados decorrem do atraso no diagnóstico e tratamento, exigindo trabalho conjunto com equipe de cirurgia oncológica e cirurgia plástica.
O objetivo do tratamento é melhorar a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes.
Financiamento: Próprio dos autores.
Conflito de interesse: Sem conflito de interesses.
Palavras Chave
carcinoma espinocelular; retalho com reto abdominal; VRAM; retalho vertical
Área
Carcinomas de pele
Instituições
Santa Casa de Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
Autores
JADER DAVID RICCO, LETICIA SILVA GUIMARÃES, LUIZA HORST NETO, MARIANA FERREIRA COELHO, RAFAEL FERNANDES RODRIGUES