Dados do Trabalho


Título

Análise Epidemiológica do Câncer de pele nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil: uma análise socioeconômica de exposição aos fatores de risco nos últimos dez anos

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução: O câncer de pele é o mais comum no Brasil e no mundo, dividindo-se em dois tipos: não-melanoma e melanoma, sendo o tipo não-melanoma predominante em homens nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e a principal causa de mortalidade entre eles. O melanoma predomina no Sul, com ocorrências iguais entre gêneros. Os principais fatores de risco incluem a exposição solar prolongada e desprotegida, especialmente em contextos ocupacionais. Setores como a construção civil e a indústria siderúrgica, frequentemente associados a baixos salários e condições de trabalho precárias, muitas vezes não oferecem proteção adequada contra a radiação ultravioleta, como filtros solares. Esta ausência de proteção intensifica a vulnerabilidade dos trabalhadores, que frequentemente ocupam empregos informais e não têm acesso a equipamentos de proteção individual (EPIs). Objetivo: Analisar o perfil do câncer de pele em relação ao nível socioeconômico e fatores de risco nas regiões Sul e Sudeste do Brasil na última década. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo utilizando dados de 2014 a 2024 dos registros de saúde das regiões Sul e Sudeste dos seguintes locais: INCA, REASE, DATASUS-TABNET, site GOV, IBGE-SIDRA, considerando sexo, etnia/cor e fatores econômicos. Resultados: De acordo com o DATASUS, as regiões Sudeste e Sul, têm os maiores números absolutos, nessa ordem: 172.834 (43%) casos de melanoma maligno e 136.427 (34%) casos de outras neoplasias malignas da pele, de um total de 401.357. Em relação ao sexo e a idade, está mais associado às mulheres e aumenta com o envelhecimento, principalmente entre a faixa de 60 a 79 anos de idade. Conforme a tabela 1, a incidência das neoplasias malignas de pele no Sudeste foi de 196,6 casos por 100.000 habitantes e, no Sul, foi de 457,9 casos por 100.000 habitantes. Quanto ao aspecto socioeconômico, as ocupações de maior incidência foram, em ordem decrescente: trabalhadores nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros; condutores de veículos e equipamentos de elevação de carga; trabalhadores agrícolas; e trabalhadores de construção civil e obras públicas, sendo a média salarial mensal de alguns igual a R$1.985,55, como é possível observar na tabela 2. Conclusões: Observa-se uma alta incidência de câncer de pele no Sul e Sudeste do Brasil, principalmente, entre trabalhadores com menor remuneração e maior exposição solar, devido à falta de equipamentos de proteção. Esses achados destacam a necessidade de políticas públicas para melhorar as condições de trabalho e acesso a medidas preventivas, como a distribuição de filtros solares, visando reduzir a ocorrência e a mortalidade desse câncer.

Palavras Chave

Câncer de pele; Fatores de risco; Análise epidemiológica; Perfil socioeconômico

Área

⁠Melanoma

Instituições

Universidade Santo Amaro - São Paulo - Brasil

Autores

ISABELLA VIANA COIMBRA, LETÍCIA AMELOTTI COELHO, STEPHANIE ZARLOTIM JORGE, ISABELA ARAÚJO CAMPOS AGUIAR, GABRIELA BALAZAIMA MULISANI, IZABEL ARAÚJO SILVA, RAYSSA DE SOUZA ANDRADE CALVERT, JENNIFER NAYELLI MOREIRA CASSEMIRO, CAMILA SILVA BELO, TAHÍS PESQUEIRA RODRIGUES