Dados do Trabalho
Título
Corno triquilemal e carcinoma espinocelular : um relato digressivo
Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)
O corno triquilemal é uma neoplasia folicular benigna incomum com diferenciação triquilemal. As características essenciais do tumor são sua apresentação clínica em corno cutâneo e sua histologia, que mostra queratinização triquilemal na base da lesão.Foi descrita pela primeira vez em 1976 por Headington, que denominou a lesão de ceratose triquilemal. Diferentemente do cisto epidermoide, não possuem orifício. Motivo da apresentação:exuberância e escassez do caso.Os autores declaram não haver nenhum conflito de interesse.Paciente feminino, 41 anos, fototipo III, auxiliar de serviços gerais procurou o serviço de dermatologia por “Lesão no couro cabeludo que não cicatriza há anos”. Ao Exame Dermatológico: Couro cabeludo - fronto parietal a direita: placa ceratósica amarelada em formato de corno sobre base eritematosa infiltrada.Relatava também que há anos passou por exéreses de duas lesões no couro cabeludo, que as duas lesões não foram enviadas para estudo anatomopatológico, e que uma dessas lesões excisadas não cicatrizou e evoluiu com a formação do corno cutâneo que motivou a consulta. Haviam dois nódulos normocrômicos pouco dolorosos e aparência cística no couro cabeludo, conforme demonstrado na figura 1.É portadora de hipertensão arterial sistêmica ( em uso de captopril), epilepsia ( em uso de Fenobarbital e carbamazepina). Além de possuir hábitos sociais e antecedentes familiares sem relevância clínica. Como hipóteses Diagnósticas: Corno cutâneo sobre carcinoma espinocelular e conduta Inicial: Biópsia incisional da pele da base da lesão e exérese do corno. Exame histopatológico: Material constituído por hiperceratose. Cisto triquilemal, sem sinais de malignidade.Diagnóstico Final: Cisto triquilemal sob corno cutâneo (corno triquilemal).Conduta: exérese radical da base remanescente da lesão.Evoluindo com Ótimo resultado estético, não havendo recidiva da lesão. Seguindo assim, para atendimento ambulatorial para programar exérese dos demais nódulos restantes. Os chifres triquilemais podem se desenvolver em qualquer idade embora sejam mais comuns acima dos 50 anos e dois terços dos casos em mulheres. As características histológicas desse tumor é conhecida como queratinização triquilemal.Poblet e cols. descreveram 2 casos em que, como no nosso, a lesão se desenvolveu após tentativa de tratamento de cisto triquilemal preexistente. Também como no nosso caso, os pacientes apresentavam história pessoal de múltiplos cistos triquilemais. Os autores concluíram que em alguns casos este tumor pode ser causado pela ruptura da parede de um cisto triquilemal. O tratamento se baseia na exérese completa da lesão. Ressalta-se a importância do seguimento do paciente com cisto triquilemal durante e após o tratamento para evitar e detectar precocemente evoluções e desfechos como esse.
Área
Casos clínicos
Instituições
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - São Paulo - Brasil
Autores
LETICIA DA COSTA SANTANA DA SILVA, FLÁVIA REGINA FERREIRA, BEATRIZ BORUSIEWICZ TAVARES FERREIRA LEITE, LUCAS BRAGA LEITE