Dados do Trabalho


Título

O perfil epidemiológico do câncer de pele melanoma no Brasil, no estado de São Paulo, no período entre 2018 e 2023

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

Introdução
A pele desempenha uma variedade de funções no organismo, contribuindo para a delimitação, proteção contra o calor, a luz e as infecções, além de ser responsável pela regulação da temperatura corpórea. As neoplasias malignas se dividem em dois grupos: melanoma e não melanoma, sendo o grupo não melanoma composto pelos carcinomas basocelular (CBC) e espinocelular (CEC). O melanoma, embora menos comum que o CBC e o CEC, é o câncer de pele mais grave. Fatores de risco associados incluem a interação de fatores genéticos e ambientais, como exposição à radiação ultravioleta, traços fenotípicos, histórico pessoal e familiar de melanoma e fatores ocupacionais, entre outros. Assim, um método para facilitar a avaliação de lesões suspeitas é a regra ABCDE, que avalia a assimetria, bordas irregulares, cores diversas, diâmetro maior que 6 mm e evolução da lesão, sinalizando um alerta.
Objetivo
O objetivo deste estudo é realizar uma análise epidemiológica dos últimos seis anos no estado de São Paulo, referente ao melanoma maligno de pele, no período entre 2018 a 2023, com base nos dados disponibilizados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Métodos
Trata-se de um estudo descritivo, cujos dados foram obtidos por meio de consulta às bases de dados disponibilizadas pelo DATASUS (http://www.datasus.gov.br) referentes ao período de 2018 até 2023 no estado de São Paulo.
Resultados
A partir dos dados obtidos, foram identificados 31.355 casos de melanoma maligno da pele entre 2018 a 2023 no Brasil, com 11.970 pacientes na região Sudeste, responsável por aproximadamente 38,19% dos casos de melanoma no Brasil. Apenas no estado de São Paulo, 1.225 pacientes foram diagnosticados no ano de 2023, demonstrando uma elevação em relação a 2022 e 2021. Entre os pacientes diagnosticados, o sexo feminino se mostrou mais acometido em relação ao sexo masculino, exceto em 2018 no Brasil, sendo 16.001 casos. No estado de São Paulo, o sexo feminino seguiu sendo elevado predominantemente. A mortalidade no Brasil por melanoma maligno de pele entre os anos de 2018 a 2022 chegou a 9.483 pessoas, sendo 2.425 apenas no estado de São Paulo. Os pacientes com idade a partir de 25 anos apresentam um crescimento contínuo referente ao diagnóstico, tendo sua maior incidência a partir de 80 anos. No ano de 2023, foram registrados 19 casos entre 25 a 29 anos, em comparação com 172 nos pacientes com 80 anos e mais.
Conclusão
As neoplasias malignas de pele representam um problema significativo de saúde pública devido à sua alta incidência na população brasileira, por ser um país tropical e apresentar, majoritariamente, uma população de baixa renda com maior exposição aos raios solares e uma baixa consciência sobre fatores de risco e meios de prevenção. Com isso, a prevenção e a conscientização são cruciais para reduzir a morbidade e a mortalidade associadas a esses cânceres.

Palavras Chave

Melanoma; Epidemiologia; Dermatopatias

Área

⁠Melanoma

Instituições

Universidade Sao Judas Tadeu - São Paulo - Brasil

Autores

JULIA DOS SANTOS GONÇALVES, JESSICA TRENTIN, HIZADORA ALVES BATISTA, LÍDIA SANTOS OLIVEIRA, BRUNA SILVA SANTOS