Dados do Trabalho


Título

INCIDÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DO MELANOMA NO BRASIL: PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO AO LONGO DE UMA DÉCADA (2013-2023)

Resumo (não incluir autores, nem referências, somente o corpo do resumo)

INTRODUÇÃO
O melanoma é um tipo agressivo de câncer de pele, originado dos melanócitos, que apesar de representar uma pequena porcentagem dos casos de neoplasias cutâneas, é responsável pelas maiores taxas de mortalidade. Fatores como exposição excessiva ao sol e histórico familiar são alguns dos principais riscos associados ao desenvolvimento do melanoma. A detecção precoce e o tratamento adequado são cruciais para aumentar a sobrevida destes pacientes. Dessa forma, a compreensão dos padrões de incidência e desfechos clínicos associados é essencial para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de prevenção e diagnóstico, visando melhorar os desfechos clínicos dos pacientes afetados pelo melanoma no país.
OBJETIVO
Analisar a distribuição epidemiológica dos casos de Melanoma no Brasil, ao longo de uma década, visando ampliar estudos com base em dados de registros populacionais e, por conseguinte, orientar estratégias para melhorar a assistência de saúde em Oncologia Cutânea.
MÉTODO
Estudo retrospectivo, a partir de dados secundários coletados no DataSUS, referente aos anos de 2013 a 2023. As variáveis analisadas incluíram sexo, faixa etária, número de diagnósticos, região do diagnóstico, modalidade terapêutica, tempo até o tratamento e estadiamento. Os dados foram sistematizados e analisados através do software Microsoft Office Excel.
RESULTADOS
Entre o período de 2013 e 2023, notificaram-se 38.157 casos de melanoma maligno de pele.
Quanto ao perfil populacional, percebeu-se uma ligeira maior incidência no sexo masculino (50,3%) e expressiva maior incidência na faixa etária partir dos 40 anos, quando o número de casos dobra. O pico ocorreu entre a faixa etária dos 60 e 69 anos.
Nas notificações de diagnósticos, a partir de 2018, houve um aumento expressivo (177%), seguido por uma sutil queda (15%) no ano de 2020, sugerindo subnotificação devido a pandemia. Destes, 40,2% foram realizados na Região Sudeste e apenas 2,3% na Região Norte. No critério estadiamento, 69% dos casos não foram propriamente avaliados, o que pode afetar significativamente o planejamento e o prognóstico do tratamento.
A modalidade terapêutica mais prevalente foi cirurgia (33,7%), seguido pela quimioterapia (23,1%), porém este critério apresentou uma lacuna substancial nas informações (36,3%). Quanto ao tempo até tratamento, 36% dos pacientes foram tratados até 30 dias após o diagnóstico. Nesse aspecto, 34% dos casos não foram analisados.
CONCLUSÕES
Ante o exposto, evidencia-se que apesar do aumento no número de casos de melanoma no Brasil ao longo da última década, seja por maior número de diagnósticos ou de notificações, ainda existem lacunas substanciais no banco de dados analisado. Esse achado destaca a necessidade de estratégias de coleta de dados mais precisas, com o objetivo de melhorar a compreensão do perfil epidemiológico deste tumor agressivo e implementar estratégias de prevenção e tratamentos mais eficazes, garantindo melhores desfechos para os pacientes com melanoma.

Palavras Chave

Melanoma; Perfil Epidemiológico; Diagnósticos

Área

⁠Melanoma

Instituições

Universidade Salvador (UNIFACS) - Bahia - Brasil

Autores

LUDMILLA FRAGA COUTINHO, ADRIANO DOURADO GOMES BAPTISTA FILHO